Ao menos 2.466 pessoas receberam penas
de morte em 22 países em 2014, informa um estudo divulgado nesta terça-feira
(31) pela organização humanitária Anistia Internacional. Segundo a organização,
o número de mortes representa um aumento de 28% em relação à 2013. O número de
execuções efetivadas no ano passado, no entanto, teve uma diminuição de 22% em
relação ao ano anterior - a Anistia registrou 607 pessoas executadas em 2014, e
778 execuções em 2013. Os países
que mais executam prisioneiros são, respectivamente, China (dados não
divulgados), Irã (289 oficialmente reconhecidas e 454 não declaradas), Arábia
Saudita (pelo menos 90), Iraque (ao menos 61) e Estados Unidos (35). A Anistia
diz que a China executou mais pessoas que o restante dos países do mundo
juntos, embora não se saiba oficialmente o número de mortos, pois os dados são
considerados segredos de Estado - o número de 607 execuções excluí as mortes na
China. Apenas sete estados americanos executaram condenados em 2014, contra
nove em 2013. Quatro deles - Texas, Missouri, Flórida e Oklahoma - acumularam
89% das execuções. As sentenças de morte também registraram queda nos Estados
Unidos, de 95 em 2013 a 77 em 2014. A organização destaca os casos da Nigéria e
do Egito, que enfrentam um período de instabilidade política. Das 2.466
condenações à morte em 2014, 659 foram decididas na Nigéria e 509 no Egito. Nos
dois países foram mais de 500 sentenças a mais que no ano anterior.
(globo.com)