O ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL) insinuou nesta quinta-feira, 22, que o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) tem ligação com uma facção criminosa, sem apresentar
provas, para rebater as acusações das quais é alvo no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). A Corte começou a julgar a ação que pode torná-lo inelegível
por oito anos por abuso de poder político e uso indevido de meios de
comunicação. O ministro da Justiça, Flávio Dino, reagiu. "Não estou aqui
atacando o TSE, longe disso. Mas a fundamentação é uma coisa inacreditável:
reuniu-se com embaixadores. O outro cara, no ano passado, se reuniu com a nata
do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
E vai se reunir, agora, com a nata do Foro de São Paulo também. Não há
comparação entre nós", disse o ex-presidente, em Porto Alegre, sem citar o
nome de Lula. Bolsonaro já se referiu ao petista em outras ocasiões como
"o cara". Em outubro de 2022, durante culto evangélico na Igreja
Mundial do Poder de Deus, em São Paulo, na campanha eleitoral, ele citou o
adversário como "aquele cara de 9 dedos". "Nós achamos que o
ex-presidente da República deve manter a serenidade, deve manter a decência
possível e prestar contas à polícia e ao Poder Judiciário. Mas não tente, mais
uma vez, recorrer a esse ardil baixo e vil de vincular o governo do presidente
Lula ao PCC, ao Comando Vermelho e a qualquer outra quadrilha", disse o
ministro da justiça Dino.
(NoticiasaoMinuto)
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