Quem, de fato inocente dos
crimes que lhe imputam, concorda em ser guilhotinado sem se revoltar? Donald
Trump, mais do que apenas implicado em vários crimes, mobiliza seus seguidores,
desafia a justiça a provar que é culpado e promete derrotar todos os que
disputarem com ele a presidência do seu país em 2024. Bolsonaro não passa de um
falastrão como sempre se soube, e ainda por cima frouxo. Defende que as pessoas
se armem para enfrentar quem as ameaça, mas ele, uma vez assaltado no Rio,
entregou ao bandido tudo o que carregava, inclusive um revólver. A polícia,
dias depois, matou o assaltante. No dia 7 de setembro de 2021, do alto de um
palanque na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, Bolsonaro chamou de
canalha o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e disse
que não respeitaria mais suas ordens. Menos de 48 horas depois, borrando-se nas
calças, pediu desculpas a Moraes. Com medo de que o filho Carlos fosse preso,
tentou abrigá-lo no Palácio da Alvorada. Michelle, sua mulher, bateu o pé e
Carlos foi obrigado a bater em retirada. Michelle detesta Carlos, e ele a ela.
Bolsonaro não manda sequer no seu cercadinho doméstico. Manda só nos filhos,
criados à sua imagem e semelhança.
(BlogdoNoblat - Metropoles)
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