O retorno da produção de carros populares – ou de entrada, como
são chamados hoje – é um dos temas que o setor automotivo está levando ao
governo Lula. Grupo liderado por montadoras, empresas de autopeças e
concessionárias já manteve conversas com representantes do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), comandado por Geraldo
Alckmin. A justificativa atual é a redução das vendas de carros novos como
consequência da queda do poder aquisitivo dos consumidores, dos juros elevados
e crédito restrito e do alto custo dos modelos com maior índice de tecnologia e
segurança – que têm seu público, mas em menor número entre os consumidores. O
presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores
(Fenabrave), José Andreta Júnior, afirmou que o setor precisa de escala; do
contrário, não consegue gerar rentabilidade, o que poderia abrir as portas para
demissões no setor. Estudo da consultoria S&P Global mostra que as
montadoras operam com quase 40% de ociosidade. Ao divulgar ontem o balanço de
vendas do trimestre, Andreta disse que “o crescimento do setor tem de vir de
baixo para cima e atingir o consumidor que, hoje, não consegue mais comprar carro
zero”. A Fenabrave tem um banco de dados que será colocado à disposição do
governo para “ativar a produção (de carros mais baratos) no Brasil”, afirmou
ele.
(Políticalivre)
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