O
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter cometido crimes e disse que soube
da apreensão do primeiro pacote de joias doadas pelo governo árabe apenas em
dezembro de 2022, mais de um ano depois que a Receita Federal confiscou os
bens. As declarações foram dadas em depoimento à Polícia Federal
na tarde desta quarta-feira (5). Segundo Bolsonaro, ele soube do
primeiro pacote de joias apenas semanas antes de deixar o Palácio do Planalto.
Questionado, ele não se lembrou de quem informou sobre a apreensão das joias. No
depoimento, o ex-presidente negou ter cometido crimes ao incorporar em seu
acervo pessoal outros dois pacotes de joias doadas pelo governo da Arábia
Saudita. Os conjuntos foram devolvidos após uma determinação do Tribunal de
Contas da União (TCU) e estão apreendidos em uma agência da Caixa Econômica
Federal, em Brasília. A PF apura um possível crime de peculato de Bolsonaro. O
crime persiste em se apropriar de bens e dinheiro público em razão do cargo. Os
investigadores suspeitam que o ex-presidente incorporou os dois conjuntos de
joias indevidamente. A corporação ainda investiga a movimentação feita por Jair
Bolsonaro para conseguir reaver o pacote de joias apreendidos pela Receita
Federal, que seriam destinados à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
(IG)
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