A CPI Mista dos Atos
Antidemocráticos tem tudo para contrariar a célebre frase do ex-senador por
Santa Catarina Jorge Bornhausen. Ela concluirá o que já se sabe: Bolsonaro foi
o maior responsável pela tentativa fracassada do golpe de 8 de janeiro. Ainda
no seu primeiro ano de governo, ele falou que sua eleição fora fraudada. Sim,
ele falou que houve fraude na eleição de 2018, e que só por isso venceu no
segundo turno. Sem fraude, teria sido eleito no primeiro. Cadê as provas? Não
tinha. Nunca as teve. Como nunca apresentou provas a cada vez que repetia que o
voto impresso seria muito mais seguro. Bolsonaro e seus filhos foram eleitos
pelo voto eletrônico. Então, teve início a campanha para desacreditar o sistema
eleitoral. Foram quatro anos de pregação contra o voto eletrônico, e também o
processo de apuração de votos. O Congresso derrotou a proposta bolsonarista de
restabelecer o voto impresso. Bolsonaro ignorou a decisão do Congresso, o que
por si só revelaria sua intenção oculta. A minuta do golpe apreendida pela
Polícia Federal na casa do ex-ministro Anderson Torres, da Justiça, conta a
história do pós-golpe que se frustrou. A essa altura, o Supremo Tribunal
Federal acumula fartas provas e evidências da trama do golpe. Prestes a ser
instalada, a CPI do Golpe vai chover no molhado. Mas se é assim que querem os
golpistas, que seja. Vamos a ela.
(Metropoles)
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