30 janeiro 2023

Do tamanho do bolso: Empresas se preparam para nova onda de consumo popular

Fogão por R$ 600, sapatilha de R$ 49,90, exame de sangue a R$ 6,50, detergente abaixo de R$ 2. Da indústria a prestadores de serviços, empresas começaram a desenhar produtos adequados para o bolso dos brasileiros das classes C, D e E na expectativa do retorno do consumo popular. As companhias admitem que há obstáculos a serem superados para o consumo popular deslanchar, como inflação e juros altos. No entanto, enxergam vários motores a favor desse movimento. O reajuste real do salário mínimo e a manutenção de R$ 600 para o Bolsa Família devem injetar mais recursos na economia. O governo também já indicou que deve lançar o "Desenrola", um programa para a renegociação da dívida das famílias, e pode acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos. Esses produtos também estão próximos de esgotar um ciclo de vida útil, iniciado há 10 anos. Líder na fabricação de fogões populares, a Esmaltec já lançou modelos de eletrodomésticos mais acessíveis ao consumidor, trocando fornecedores de aço e substituindo matérias-primas e peças. Com isso, a companhia conseguiu manter os preços dos fogões e das geladeiras de entrada - as mais baratas - na faixa de R$ 600 e R$ 1,1 mil, respectivamente. Parte dos novos produtos já está no mercado desde dezembro, conta o CEO da empresa, Marcelo Pinto. A fabricante, do Grupo Edson Queiroz, avalia também a possibilidade de produzir tanquinhos. Esse eletrodoméstico foi, no passado, um dos ícones da ascensão da classe C.

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