17 novembro 2022

Saúde: Por que está tão difícil encontrar medicamentos comuns nas farmácias

Você esteve recentemente na farmácia e não encontrou o remédio que precisava — drogas simples, como dipirona e antibióticos? Pois é, medicamentos fundamentais para a saúde do brasileiro estão em falta em unidades das redes pública e privada do país, e o problema pode demorar a ser resolvido. O sumiço de antibióticos, analgésicos, xaropes e antialérgicos das prateleiras é um problema mundial, gerado na pandemia e agravado pela guerra na Ucrânia, e afetou demais o Brasil —o que, segundo especialistas ouvidos por VivaBem, acende um alerta sobre a falta de autonomia do país diante da situação. A pesquisa "Desabastecimento de Medicamentos" da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), feita em agosto deste ano com dados de mais da metade (57%) das cidades do país, aponta que 65% desses municípios sofrem com falta de medicamentos. No estado de São Paulo, levantamentos do CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia de São Paulo), também de agosto, mostram um desabastecimento amplo e crônico: 98% dos farmacêuticos entrevistados afirmaram enfrentar a falta de remédios. antibióticos é a classe de medicamentos que mais sumiu das drogarias: 96% dos farmacêuticos disseram que pacientes não encontraram o remédio que precisavam. Importante destacar que antibióticos são fundamentais para tratar doenças comuns —como amigdalite (dor de garganta) e sinusite—, além de serem usados na prevenção e combate de infecções que podem evoluir para quadros graves de saúde e, potencialmente, fatais —pneumonia e meningite, por exemplo. SUS também sofre com o desabastecimento: levantamento do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), de 4 de outubro, traz 530 notificações de falta de medicamentos na rede pública de 57 cidades do estado de São Paulo. Antibióticos como amoxicilina, azitromicina e dipirona (para dor e febre) estão no topo da lista.


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