22 outubro 2022

Poço sem fundo: Bolsonarismo aciona armas da desinformação, uso político da religião e assédio eleitoral às vésperas do segundo turno

O bolsonarismo tem demonstrado alinhamento na reta final da eleição presidencial, às vésperas do segundo turno, numa espécie de vale-tudo para manter Jair Bolsonaro (PL) na presidência. E, para derrotar Lula (PT) no 2º turno, há uma sintonia fina em ao menos três frentes: propagar desinformação nas redes sociais sobre o TSE; manter o assíduo uso político da religião, que vem desde o 1º turno; assediar funcionários para que votem a favor do presidente sob pena de punição. Na quinta-feira (20), bolsonaristas fizeram dezenas de postagens no Twitter com a expressão "Conteúdo removido pelo TSE", para simular que haviam sido impedidos de postar por ordem do tribunal. Não procede: quando a plataforma remove algum conteúdo do ar por decisão da Justiça Eleitoral, a rede social coloca uma mensagem sobre desinformação diferente dessa (e que aparece separado da publicação, não dentro dela). Outro episódio se deu sobre uma suposta restrição por parte do TSE que foi promovida pelo pastor mineiro André Valadão, que tem mais de 5 milhões de seguidores no Facebook. Acionado na Justiça Eleitoral pelo PT em razão de afirmações falsas sobre a campanha de Lula, o religioso foi notificado pela Corte para se defender no processo. Em vez disso, postou um novo vídeo com críticas ao PT que dizia ser uma retratação "a pedido do TSE". O Instagram marcou o post de Valadão como falso.


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