26 setembro 2022

MapBiomas: Amazonas vive crise de violência associada a crime ambiental

Rota internacional do narcotráfico, fronteira com três países e um território maior que a região Nordeste. Com essas características geográficas, o Amazonas, em quatro anos de governo Bolsonaro (PL), passou do status de estado mais preservado da Amazônia para o epicentro de conflitos socioambientais e um dos líderes em degradação e violência contra populações tradicionais. Em 2022, a administração do estado é disputada por oito candidatos, entre os quais três já comandaram o estado: o atual governador Wilson Lima (União Brasil) e os ex-governadores Amazonino Mendes (Cidadania) e Eduardo Braga (senador pelo MDB). Nos planos de governo, os gargalos ambientais do estado são ignorados. A violência é um capítulo dos problemas da região e foi exposta nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, mortos por contrariarem interesses da pesca ilegal no Vale do Javari. A terra indígena fica na região de fronteira com Peru e Colômbia, marcada pela influência do tráfico de cocaína e contrabando de riquezas naturais. É nessa região que o Amazonas, estado que concentra a maior população indígena do país, tem outra peculiaridade: a maior população de índios em isolamento voluntário do mundo. "Tem uma coisa que articula todos os problemas: o padrão de desenvolvimento que vem predominando na Amazônia toda e no estado do Amazonas. Uma modernização que se beneficia da exploração de recursos naturais –madeira, terra, minério, águas– e ignora o conhecimento e os modos de vida das populações locais", avalia Marcelo Seráfico, sociólogo e professor da Ufam (Universidade Federal do Amazonas).


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