10 julho 2022

Excluídos: Moradores do Distrito Federal sofrem com situação de extrema miséria

Miséria, dor, desesperança... A reportagem do Correio percorreu regiões de extrema pobreza perto do centro do poder e conviveu com a rotina de pessoas que lutam diariamente pela sobrevivência — sofrendo, muitas vezes, por não terem o que comer —, ouviu especialistas sobre a importância dos programas de transferência de renda e presenciou a solidariedade entre vizinhos, o movimento de igrejas, voluntários e organizações não governamentais tentando ocupar espaços deixados pelo poder público. O último relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado na quarta-feira, mostra uma piora no quadro da fome no Brasil. Entre 2019 e 2021, 61,3 milhões de brasileiros enfrentaram algum tipo de insegurança alimentar, dos quais 15,4 milhões de forma grave. No período de 2014 a 2016, 37,5 milhões de pessoas foram atingidas, sendo que 3,9 milhões delas se encontravam em piores condições. Situação que se repete no Distrito Federal. Levantamento da Companhia de Planejamento (Codeplan) também apontou que a população pobre do DF cresceu de 12,9% para 20,8% entre 2019 e 2021. São aproximadamente 600 mil pessoas vivendo com até R$ 450 por mês. Ao longo das últimas seis décadas, uma multidão de excluídos foi se instalando nos arredores de Brasília. São desempregados, trabalhadores informais e pessoas com baixas remunerações formando um verdadeiro cinturão de pobreza a orbitar o projeto de cidade imaginada pelo urbanista Lucio Costa.


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