09 julho 2022

Eleições 2022: Ataques a políticos e à imprensa marcam pré-campanha e preocupam autoridades

A menos de três meses das eleições, o Brasil enfrenta momentos de tensão em meio ao acirramento político. No Rio de Janeiro, um artefato com fezes foi lançado perto do comício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em Brasília, o juiz que mandou prender o ex-ministro Milton Ribeiro teve o carro atacado com dejetos e terra. Agora, as forças de segurança trabalham para evitar que novos atentados aconteçam neste contexto — com consequências que podem ser ainda mais graves. Os episódios desta semana não são isolados. Em fevereiro, Lula mudou-se de São Bernardo do Campo para São Paulo por motivos de segurança. No fim de junho, um drone jogou fezes e urina em outro evento da pré-campanha que teve a presença de Lula, em Belo Horizonte. Diante da situação, pré-candidatos reforçaram a segurança e deixaram de divulgar trajetos e horários exatos dos compromissos pré-eleitorais. Investigações da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) apontam que grupos de ódio e radicais políticos se reúnem nas redes sociais e fóruns anônimos para organizar ataques a políticos e instituições. Na maioria das vezes, essas agressões ficam circunscritas ao meio virtual, com a disseminação de notícias falsas e xingamentos direcionados a autoridades, por exemplo. No entanto, a cada dia, cresce mais o número de atos hostis no mundo real. Veículos e profissionais de imprensa também são ameaçados. Além das intimidações pela internet a diversos comunicadores, nesta semana, a sede do jornal Folha de S.Paulo, na capital paulista, foi atingida por um projétil disparado durante a noite. Segundo o diário, jornalistas que estavam no local escutaram um estampido vindo da rua. O tiro quebrou a janela da redação, mas ninguém se feriu.


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