11 fevereiro 2022

Saúde: Desde 2020, Anvisa proibiu 144 remédios naturais para emagrecer

Na última semana, tomou conta dos noticiários o caso da enfermeira paulista que teve hepatite fulminante e faleceu depois de consumir um chá emagrecedor em cápsulas. Segundo a família, Mara Abreu fazia uso de um composto, com 50 ervas diferentes, que promete “secar barriga e emagrecer”. Denominado “50 Ervas Emagrecedor”, o produto contém 60 cápsulas de 500 mg, custa R$ 9,23 e oferece “emagrecimento sem dieta”. De acordo com o rótulo, a fórmula também combate gordura localizada, celulite, estrias, colesterol, diabetes e ansiedade. Em levantamento feito a pedido do Metrópoles, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que, desde 2020, foram publicadas mais de 60 medidas preventivas e/ou cautelares contra produtos similares ao “50 Ervas”, usado pela paciente paulista. Tais itens faziam promessas milagrosas de perda de peso rápida. “As medidas incluem ações de recolhimento, apreensão, inutilização e proibição (de armazenamento, comercialização, distribuição, fabricação, importação, manipulação, propaganda e do uso)”, explica a autarquia. Qualquer produto que alegue ter propriedades terapêuticas (calmante, emagrecedor, remédio contra a dor, etc.) deve ser autorizado pela Anvisa para ser comercializado no país. Os parâmetros para a aprovação de medicamentos são rígidos e exigem comprovação de eficácia e segurança por meio de pesquisas clínicas. Uma vez aprovados, os medicamentos só podem ser vendidos em farmácias e drogarias.


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