12 fevereiro 2022

Pandemia: Ômicron dispara alerta para novo pico de casos de pós-covid

Como milhares de brasileiros, Nicole Oliveira, de 29 anos, teve a covid-19 no fim do ano passado em meio à explosão de infecções. Os sintomas foram parecidos com os de gripe e a recuperação, em casa. O que ela não esperava era ficar tão mal depois de se livrar do vírus. "Entrei na covid com 29 anos e estou saindo com 59. Não me reconheço no meu corpo." A fraqueza é tanta que agora, dois meses depois de curada, a jovem está atrás de neurologistas e exames de nomes complicados para tentar entender e corrigir o estrago que o coronavírus fez. O aumento de infecções alavancado pela variante Ômicron soa o alerta para novos casos de pacientes que, assim como Nicole, têm sintomas prolongados. E deve elevar a demanda por tratamentos pós-covid, já alta em função das ondas anteriores. Os efeitos prolongados da infecção pelo Sars-Cov-2 têm nome - covid longa ou pós-covid -, mas são rodeados de incertezas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera covid longa os sintomas que se prolongam três meses após a infecção. Entre parte dos médicos e cientistas, a definição de covid longa considera até prazos menores do que este. Um em cada cinco infectados pode ter sintomas depois de se recuperar da fase aguda, calcula a OMS.


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