08 janeiro 2022

E agora, Jair? Contra greves, líder do governo propõe recuo em aumento para policiais

O aceno do presidente Jair Bolsonaro (PL) aos servidores das forças de segurança – que seriam as únicas categorias do funcionalismo federal a receberem reajuste salarial em 2022, segundo os planos do governo – parece cada vez mais difícil de ser concretizado. Diante da forte pressão que tem sido exercida por outras carreiras do serviço público por aumento (incluindo a ameaça de uma enorme greve em pleno ano eleitoral), cresce entre líderes do Congresso a ideia de que o melhor é negar o benefício a todos os servidores. Essa tendência foi verbalizada nesta sexta-feira (7/1) pelo próprio líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), que disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, que o melhor é “não dar nada a ninguém”. A reserva de R$ 1,79 bilhão para a concessão de reajustes está prevista no Orçamento Federal aprovado pelo Congresso no final do ano passado. A inclusão do montante foi resultado de dedicação pessoal do presidente da República, que chegou a ligar para um até ali resistente relator da Lei Orçamentária, o deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ). A ideia era beneficiar apenas servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Como o anúncio desceu quadrado para as demais categorias desde o primeiro momento, o próprio Bolsonaro chegou a mostrar desconforto e dizer, em uma de suas lives, que ainda não estava definido quem receberia aumento.


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