10 dezembro 2021

Dívida pública federal: Altas da taxa básica de juros causam rombo que pagaria o Auxílio Brasil por três anos

trajetória de elevação que levou a taxa básica de juros da economia brasileira na tentativa de conter o avanço inflação vai aumentar a DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) em mais de R$ 250 bilhões. O valor é suficiente para pagar as parcelas de R$ 400 do Auxílio Brasil, programa lançado pelo governo para substituir o Bolsa Família, para 17 milhões de famílias brasileiras pelos próximos 36 meses, período equivalente a três anos. O cálculo leva em conta que, a cada aumento de 1 ponto percentual dos juros básicos, o rombo nos cofres públicos fica cerca de R$ 35 bilhões maior. O ciclo de alta da Selic, iniciado em março, elevou a taxa básica em 7,25 pontos percentuais (de 2% ao ano para 9,25% ao ano). Tal impacto é motivado pela composição da dívida pública brasileira, que superou R$ 5,373 trilhões em outubro, de acordo com dados mais recentes do Tesouro Nacional. O valor é 7,26% superior ao estoque de dezembro do ano passado (R$ 5,010 trilhões), quando a Selic figurava no menor patamar da história. Dentro do estoque total, os títulos atrelados à Selic correspondem a 36% do endividamento, o equivalente a R$ 1,938 trilhões, volume 11,4% superior ao registrado ao fim do ano passado. Os títulos prefixados (28,85%) e os atrelados à inflação (29,3%) também aparecem na composição da dívida pública nacional.


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