26 setembro 2021

Economistas: Atuação errática de Guedes impulsionou a inflação

Em fevereiro deste ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a desvalorização do real, alegando que a perda de valor da moeda nacional reverte o processo de desindustrialização e incentiva o empreendedorismo, em razão da alta dos juros. Meses depois, a inflação acumulada nos últimos 12 meses passou a marca de 10%, a maior desde fevereiro de 2016. Economistas apontam a desvalorização da moeda, defendida por Paulo Guedes, como um dos principais fatores do aumento nos preços de produtos e serviços. Em uma fala polêmica, além de dizer que “o Brasil era o paraíso dos rentistas”, pois “o câmbio baixo desindustrializava o Brasil, que estava pendurado num modelo rentista”, o ministro da Economia reconheceu que o dólar alto desestimula viagens ao exterior, e recomendou que se viaje pelo Brasil. “Antes, o câmbio estava tão barato que todo mundo estava indo para a Disney, empregada doméstica indo para a Disneylândia. Uma festa danada. Espera aí. Vai passear ali em Foz do Iguaçu, vai passear no Nordeste. Está cheio de praia bonita”, disse Guedes, à época. Ele voltou a defender a desvalorização do câmbio em outras ocasiões, inclusive recentemente. O aumento da inflação impacta no preço dos alimentos e serviços. O preço da abobrinha subiu 113% em 12 meses, e a gasolina, 33%. O gás de cozinha também disparou, com aumento de 26%, assim como o açúcar, 25,81%.

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