01 julho 2021

Superpedido: Impeachment de Bolsonaro depende de direita e esquerda juntas nas ruas

Parte significativa do Congresso Nacional, inclusive sua liderança, não representa o interesse público, mas suas necessidades pessoais. O fato dessa frase ser estupidamente óbvia ajuda a explicar a razão do superpedido de impeachment de Bolsonaro, apresentado nesta quarta (30), na Câmara dos Deputados, ser uma aposta difícil. Mas civilizatória e, portanto, imprescindível. Mais de 120 pedidos de impeachment engavetados na presidência da Câmara, primeiro por Rodrigo Maia (DEM-RJ) e, agora, por Arthur Lira (PP-AL), foram reunidos em um só e apresentados por parlamentares da esquerda à direita, entidades da sociedade civil, movimentos sociais, sindicatos, entre outros. O advogado Mauro Menezes, um dos responsáveis pela consolidação do texto, afirmou na coletiva à imprensa que nele estão listados 23 crimes de responsabilidade que teriam sido cometidos pelo presidente de acordo com a lei 1.079/1950. Vinte e três. Tentativa de impedir o funcionamento do Congresso, opor-se ao livre exercício do Poder Judiciário, incitar militares a desobedecer à lei, só coisa leve. E também prevaricação, por ter se omitido diante das denúncias de que a negociação para a compra da Covaxin demonstrava evidências de ilegalidade. Jair Bolsonaro afirmou ao deputado Luiz Miranda (DEM-DF), que levou a ele o problema, que o caso envolvia o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e que o encaminharia à Polícia Federal. Claro, nada fez.


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