06 junho 2021

Discordou: ‘Um país doente é um país pobre. Não há jeito’, diz médica que rejeitou Ministério da Saúde

Professora da USP, diretora de Ciência e Inovação do Instituto Brasileiro de Cardiologia, médica do Instituto do Coração e especialista em medicina intensiva, Ludhmila Hajjar rejeitou em março o convite para ser ministra da Saúde e, desde então, se debruça sobre estudos sobre a pandemia, das graves sequelas cardíacas do chamado “pós-Covid” à terceira onda, que ela vê surgir nas unidades intensivas, passando pelo estrago das variantes do coronavírus. Médica de influentes políticos em Brasília, ela fala a seguir de sua rotina, afirma não ver contradição entre combater o vírus e impulsionar a economia (“um país doente é uma nação pobre") e detalha as razões do “não” dado ao presidente Jair Bolsonaro. “Na primeira conversa, no Palácio do Alvorada, já ficou claro que não pensávamos igual. Realmente não havia um desejo de mudança por parte do governo. Tentei alinhar, disse que estava ali para ajudar, mas não deu. Não estou no Ministério da Saúde pois não houve convergência de ideias entre mim e o presidente da República. Respeitei-o muito porque ele disse exatamente o que ele pensa e o que ele esperava (de mim). Eu teria que entrar num mundo que de fato não faz parte daquilo que aprendi, que vivi, que estudei. Temos visões inteiramente diferentes.


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