01 março 2021

Relação: Bolsonaro adota a tática do 'morde e assopra' para manter Guedes

"O homem que decide economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes." A deferência feita em abril do ano passado ao ministro da Economia é frequente nos discursos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Ele [Guedes] que é meu patrão nessa questão [da economia], não eu o patrão dele", ressaltou no ano retrasado. A retórica repetida de tempos em tempos de que o ministro é quem dá a palavra final sobre decisões econômicas, no entanto, não tem se confirmado na prática. Ao longo do mandato, Bolsonaro coleciona episódios em que desautoriza ou rejeita propostas apresentadas pelo Ministério da Economia. Se em público atesta que o ministro é o seu patrão, no privado o discurso é outro. Segundo assessores presidenciais, em reuniões com Guedes, Bolsonaro já disse que é ele próprio quem dá a palavra final em seu governo e que, apesar de o ministro conhecer as demandas do mercado financeiro e do setor produtivo, é ele quem sabe o que a sociedade precisa. O argumento foi usado por Bolsonaro na decisão de intervenção na Petrobras. Em reunião, Guedes foi contra a troca de Roberto Castello Branco do comando da empresa sob o argumento de que o governo seria acusado de intervenção indevida. Bolsonaro alegou, porém, que o ministro não levava em conta o aspecto social do preço do combustível.


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