25 março 2021

Pressão de aliados: Lira fez discurso duro para 'Congresso não afundar junto' com o governo

O duro discurso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), recheado de recados ao Palácio do Planalto,  foi fruto da pressão política. Nesta quarta-feira, em plenário, ao tratar da pandemia, Lira disse que "tudo tem limite". Insatisfeito, lembrou de remédios "amargos" e "fatais", em referência a um processo de impeachment. Durante a semana, líderes externaram ao próprio Lira que não estão dispostos a "afundar junto com o governo". A política sanitária de Jair Bolsonaro é considerada temerária por aliados do presidente da Câmara. Preocupado com a deterioração política e sem condições de avançar na tramitação das reformas, Lira resolveu agir. Segundo deputados do Centrão ouvidos pelo GLOBO, o discurso foi um gesto "esperado", para cessar as cobranças de colegas por um posicionamento mais firme. Segundo o próprio Lira, o discurso teve o propósito de acionar "um sinal amarelo". Enquanto Bolsonaro continua a enfrentar governadores e atacar medidas de isolamento, a reunião entre poderes foi vista como um gesto político inócuo. O problema, identificado pelos parlamentares, é a postura do próprio Bolsonaro e as consequências de suas crenças. O presidente continua a defender o tratamento precoce, sem amparo científico, e vacila na condução da política externa, considerada fundamental para a importação de insumos e compra de vacinas.


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