18 janeiro 2021

Sem oxigênio e sem leitos de UTI: Itacoatiara (AM) corre contra o tempo para evitar tragédia

Sentada ao lado do Hospital Regional José Mendes (HRJM), em Itacoatiara (AM), uma servidora da Defesa Civil da cidade pergunta sobre a quantidade de oxigênio restante. “O de baixo está quase zerando”, responde um funcionário do hospital, ao analisar a válvula reguladora da bala (cilindro). Restavam apenas 19 cilindros, com capacidade de 10 litros de oxigênio cada. O gás era suficiente para abastecer o hospital por só mais duas horas. Dentro da unidade de saúde, no entanto, 96 pacientes em estado grave, infectados pelo novo coronavírus, estavam internados, logo no início da tarde desse domingo (17/1). O oxigênio é indispensável no tratamento da doença, que provoca, dentre outros sintomas, severa falta de ar. Na tarde de domingo, familiares, amigos e médicos aguardavam apreensivos a chegada de três picapes, de Manaus (AM), para reabastecer o oxigênio. “Se não chegarem até as 16h, esses 96 pacientes provavelmente vão morrer”, disse o secretário de Comunicação da prefeitura da cidade, Luiz Brasil. No interior do Amazonas, a 269 km de Manaus, um trajeto que costuma ser feito em cerca de 4h de carro, Itacoatiara vive uma situação dramática, com o aumento de internações em decorrência da Covid-19 e a potencial falta de oxigênio na cidade. A realidade, acompanhada de perto pelo Metrópoles, chega a ser até mais dramática em relação à capital, que começou a receber o gás de várias fontes – de artistas a cidadãos comovidos pelo Brasil e até o governo da Venezuela – neste fim de semana.


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