Descoberta de um novo vírus,
restrições de convivência social, confinamento, solidão, autodesenvolvimento,
práticas de solidariedade, descompromisso com as medidas sanitárias, apatia
moral ou trabalho voluntário. Como você teceu sua jornada ao longo deste ano? E
como sobreviveu a este tão
singular 2020? Qual o seu acervo pessoal ao final desta
travessia?
Para o psicanalista e professor do
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo Christian
Dunker, o saldo do ano não é homogêneo, variando conforme as
condições materiais e psíquicas de cada um. E sobreviver, neste momento, “não é
pouca coisa”, diz ele.
“Significa não só se manter
respirando, mas sobreviver psiquicamente, sobreviver com os nossos contatos,
amores, amizades e, principalmente, com os nossos sonhos”, explica o professor.
Para um ano de tantos novos
desdobramentos e surpresas, altos e baixos pessoais ou coletivos, o que fica
agora é o entendimento de que, “apesar da dor”, há também o que se comemorar
neste ponto da trajetória. É o que afirma Dunker, ao
refletir sobre o comportamento humano.
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