06 julho 2020

IDEOLOGIA: Itamaraty vira ‘bunker’ de olavistas no governo


Mais de duas toneladas de materiais de combate ao coronavírus foram doadas pelo embaixador chinês Yang Wanming ao Brasil, na última quinta-feira. A cerimônia online contou com a presença de parlamentares e assessores do governo. A ausência do chanceler Ernesto Araújo, porém, provocou incômodo, especialmente por se tratar de um parceiro comercial importante para o País. Essa postura do chanceler tem desagradado a políticos aliados e a integrantes do próprio governo, que buscam convencer Jair Bolsonaro a desmontar um dos últimos bunkers ideológicos da sua gestão como saída para melhorar a péssima imagem que o mundo tem hoje do seu governo. O presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, deputado Fausto Pinato (PP-SP), não perdoou a falta de Araújo no encontro organizado há dois meses. O chanceler foi representado pelo diretor da Agência Brasileira de Cooperação, embaixador Ruy Pereira. "Apareceram três diplomatas. Um representando o Itamaraty; outro, o Ministério da Saúde e um terceiro, a Vice-Presidência. O senhor Ernesto Araújo não foi", contou Pinato, que participou da videoconferência. "Esse cara vai quebrar o País. A Europa e até Israel já o criticaram. Estamos sendo mal vistos na questão do meio ambiente e ele não tenta ajudar. Tem que buscar investimentos fora, botar esses embaixadores para trabalhar, mas ele. A avaliação de parlamentares e da ala mais moderada do governo, que vê seu trabalho prejudicado pelas ações do Itamaraty, é que seria o momento oportuno para Bolsonaro se livrar dos representantes do olavismo.
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