16 março 2020

EX-CHEFE DA MILÍCIA: Patrimônio milionário de capitão Adriano é investigado


A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro investigam o espólio milionário deixado por Adriano Magalhães da Nóbrega, o capitão Adriano, ex-chefe da milícia que controla Rio das Pedras, uma das maiores favelas cariocas. As apurações são sobre lavagem de dinheiro e buscam identificar operadores financeiros e aliados, além de dimensionar a fortuna acumulada por Adriano, morto no dia 9 de fevereiro por policiais da Bahia no município de Esplanada. O miliciano empregou a mãe e a ex-mulher no gabinete de Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio - o atual senador e filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro não é alvo da investigação. Os investigadores já identificaram bens e negócios que eram geridos por Adriano. Entre eles imóveis (residenciais, comerciais e rurais), animais (em especial, cavalos), lojas de material de construção, firma de importação e exportação, restaurantes, depósito de bebidas, venda de combustível roubado e adulterado, serviços de segurança, de transporte alternativo, venda de água e gás, de sinal de TV a cabo e internet clandestinos, cobrança de taxas por uso do solo e estacionamento e serviços de agiotagem. Considerado por autoridades um "intocável" - referência ao nome da Operação Os Intocáveis, de janeiro de 2019, em que foi decretada sua prisão -, capitão Adriano era um ex-policial militar (expulso em 2014) que, aos 43 anos, havia se tornado um dos mais poderosos e violentos milicianos do Rio.
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