25 janeiro 2020

UM ANO DA TRAGÉDIA: Brumadinho tem rastro de destruição difícil de ser superado

Brumadinho, Caetanópolis, Curvelo, Pará de Minas e Paraopeba. Casas fechadas, comércio desativado e ares de comunidades- fantasmas acompanham o rastro de rejeitos de 310 quilômetros deixado na Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, após o rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG). O desprendimento de mais de 10 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, que neste sábado (25/1) completa um ano, matou 270 pessoas. Há 11 corpos desaparecidos. A tragédia devastou a natureza e as pequenas comunidades de tal forma que muitos preferiram ir embora, seja de áreas urbanas ou rurais, deixando animais e rebanhos à própria sorte, consumindo a água contaminada. Uma realidade que atinge de Brumadinho, onde ocorreu o rompimento, até Curvelo, onde os rejeitos foram detidos pelo lago da Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo. Este sábado (25/1) será um dia de homenagem aos mortos e consolo às famílias atingidas em vários pontos do estado. Na área do rompimento ainda se vê o rombo provocado pela ruptura da Barragem B1 e duas extremidades das ombreiras que apoiavam a estrutura nos montes. Abaixo, o caminho de destruição varreu vegetação, pedras maiores que caminhões e retorceu as estruturas de extração, separação e beneficiamento de minério. “Quando ocorreu o rompimento, os rejeitos não entraram imediatamente na calha do Ribeirão Ferro-Carvão, seguindo até o Rio Paraopeba. Era tanta energia que aquela massa foi se chocando em terrenos mais altos e recuava criando remansos por quase 10 quilômetros até o rio”, explica o tenente-coronel Alysson Malta, comandante das operações do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBBMG) em Brumadinho. As equipes da corporação estão na chamada Base Bravo. Salvaram 195 pessoas e buscam até hoje pelos 11 desaparecidos, condicionando a isso o final da missão.
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