15 janeiro 2020

AFIRMAÇÃO DE MAGISTRADO: Juiz de garantias continuará a perseguir pobres


Ter um juiz responsável apenas pela fase de inquéritos é “uma ótima ideia”, mas não muda a “mentalidade policial” dos magistrados, afirma o juiz Luís Carlos Valois. Afinal de contas, a criação de um juiz de garantias é a solução para as violações de direitos que essencialmente que negros, pobres e periféricos enfrentam? Para o juiz Luís Carlos Valois, mestre e doutor em direito pena pela USP (Universidade de São Paulo) e pós-doutorando de criminologia pela Universidade de Hamburgo, na Alemanha, não. Sua análise é de que a mentalidade policial e combativa adotada por juízes, que tem influência direta nestas violações, não mudará com a criação de um novo cargo. O surgimento do juiz de garantia se dá com o pacote anti-crime sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O texto determina a criação desta figura após inclusão no Congresso Nacional e contra o desejo do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. A nova lei separa os processos em duas etapas: a de investigação, a ser comandada pelo juiz de garantias, e a de instrução/julgamento, a ser feita por outro magistrado. Atualmente, as duas fases tinham um mesmo juiz encabeçando os trabalhos.
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