05 dezembro 2019

TRUCULÊNCIA POLICIAL, DROGAS E PRECONCEITO: O que acontece no Baile da 17

"A polícia não 'cai' em cima de festa de faculdade, mas sempre está em ações truculentas e hostis nas favelas. A questão do preconceito tem que acabar", diz a Relações Públicas Gabriela Cardoso, de 21 anos, frequentadora há cerca de um ano do Baile da 17, em Paraisópolis. O local foi cenário da morte de nove jovens, pisoteados na madrugada do domingo (1º), durante uma ação da Polícia Militar. O baile também é conhecido pela sigla DZ7, sendo um dos maiores de São Paulo, e reúne cerca de 5 mil pessoas. A jovem, que não esteve na noite em que as mortes aconteceram, conta que vê a circulação de drogas em festas universitárias em proporções similares ao que presenciou no Baile da 17 . "Querendo ou não, o que aconteceu foi importante para que fosse retomado o assunto do preconceito. Paraisópolis não tem só bandido. Ninguém lá merecia morrer assim", desabafa.  As mortes recentes não fizeram com que a profissional de Relações Públicas desistisse de ir ao Baile da 17 . "Frequento Paraisópolis por uma questão de lazer, mas já tive que entrar em beco pra fugir a polícia, que veio pra cima. Foi complicado porque meus amigos e eu não somos de lá e não sabíamos para onde ir e nos proteger". O conselho dado por Gabriela é que os grupos contem com um morador local para conseguir abrigos seguros.
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