Bolsonaro
não vai recuar em seus propósitos moralistas e teses de extrema-direita. Como
anunciou em seu discurso de posse, ele vai continuar comandando o País com mão
de ferro nos costumes e atacando “as ideologias que destroem nossos valores e
tradições”. Pretende governar também contra o que considera ideologização das
crianças, desvirtuamento dos direitos humanos e desconstrução das famílias.
Desde
que assumiu, então, ele tem seguido suas ideias à risca e desafiado o Estado
laico e as visões progressistas. Seu objetivo é impor um pensamento religioso e
neoconservador na sociedade e enfrentar (se possível, tirar do mapa) o que ele
considera um ideário esquerdista que invadiu a cultura brasileira e que é
embalado com o rótulo de marxismo cultural. Para Bolsonaro, comunista come
criancinha e feminismo, movimento LGBTI, igualdade racial, educação sexual,
descriminalização das drogas e do aborto fazem parte de um pensamento desviante
que corrompeu o Ocidente nas últimas décadas e ameaça o bom funcionamento da
sociedade. Seu antídoto para o mal é uma moralidade cristã-medieval que está
sendo empurrada goela abaixo da sociedade brasileira.
“A ideologia de gênero, o abortismo e o gayzismo são parte da
revolução cultural promovida pelos esquerdistas” (Olavo de
Carvalho, filósofo)
Essa
onda conservadora deve se intensificar nos próximos tempos. Haverá cada vez
mais eventos e campanhas escolares e religiosas, especialmente evangélicas,
promovidas pelo atual governo para espalhar sua moral. O último foi o culto de
Ação de Graças realizado no Palácio do Planalto, em que o
presidente declarou “aceitar Jesus”.
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