09 setembro 2019

ESTRATÉGIA POLITIQUEIRA: Bolsonaro se aproxima de evangélicos para conter queda de popularidade

Diante de uma avaliação popular em queda, com impacto inclusive em setores identificados com o bolsonarismo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) iniciou articulação para se aproximar ainda mais de evangélicos e seus líderes. Considerado um dos pilares de sua base de apoio, o grupo religioso é a aposta do presidente para evitar um aumento de uma rejeição social, blindar-se de retaliações no Congresso e catapultá-lo a uma disputa à reeleição. Em café da manhã com a Folha de S.Paulo, na última terça-feira (3), Bolsonaro disse que é preciso conversar cada vez mais com os evangélicos. "Trazê-los para perto." O presidente tem acenado com a indicação de evangélicos para cargos públicos, concedido benefícios fiscais a templos cristãos, chancelado projetos que reforçam a pauta de costumes e cogitado a indicação de um religioso para o posto de vice-presidente em 2022. Na tentativa de emplacar um pacote tributário a templos religiosos, a bancada evangélica convidou, no mês passado, o presidente para um almoço na casa do deputado federal Silas Câmara (PRB-AM). Em um dos momentos do encontro, ele engatou uma conversa com um grupo de congressistas, na qual fez uma análise sobre as próximas eleições presidenciais. Qualquer político que tenha juízo sabe que a política de 2022 passa pelo movimento evangélico, disse Bolsonaro, segundo relataram à Folha três parlamentares presentes. No último mês, a popularidade de Bolsonaro enfrentou uma erosão. A mais recente pesquisa Datafolha mostrou o aumento de 33% para 38% na reprovação de sua gestão, com perda de apoio entre os mais ricos e os mais escolarizados.
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