08 agosto 2019

RIO DE JANEIRO: Desembargadora que acusou Marielle de engajamento com bandidos vira ré por calúnia


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou queixa-crime contra a desembargadora Marília Castro Neves por calúnia contra a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada no ano passado. Em março de 2018, após a morte da parlamentar, Neves escreveu em uma rede social que a vereadora "estava engajada com bandidos". A desembargadora ainda afirmou que o "comportamento" dela [Marielle], "ditado por seu engajamento político", foi determinante para a morte. E que há uma tentativa da esquerda de "agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro". A ação foi protocolada pelos pais, irmã e companheira de Marielle. A decisão da corte especial do STJ torna a desembargadora ré em ação penal. A relatora da ação foi a juíza Laurita Vaz. Segundo o STJ, a corte aceitou parcialmente a queixa porque a ação também alega que a desembargadora teria imputado a Marielle crimes tipificados no código eleitoral, alegando que a vereadora teria sido "eleita pelo Comando Vermelho" --mas essa parte não foi recebida pelo tribunal.
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