26 julho 2019

NOTA: PF contradiz Moro e afirma que destruição de mensagens depende da Justiça


A Polícia Federal afirmou, por meio de nota, que a caberá à Justiça, "em momento oportuno, definir o destino do material" apreendido na terça-feira (23) com suspeitos de agirem como hackers. A manifestação menciona entendimento da lei e contradiz o ministro Sergio Moro (Justiça), que, conforme mostrou a Folha, avisou autoridades na tarde desta quinta (25) que as mensagens capturadas pelo grupo suspeito e preso pela PF seriam destruídas. O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio Noronha, afirmou à Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (25) que a informação foi dada pelo próprio ministro por telefone. "As mensagens serão destruídas, não tem outra saída. Foi isso que me disse o ministro e é isso que tem de ocorrer", disse o presidente do tribunal. A comunicação foi confirmada à reportagem pela assessoria de Moro. O descarte de qualquer material apreendido em operações policiais é uma decisão que cabe à Justiça e só pode ocorrer com decisão do juiz. Na nota, a PF disse  ainda que a operação deflagrada nesta semana não tem "como objeto a análise das mensagens supostamente subtraídas de celulares invadidos". A polícia também afirmou que "o conteúdo de quaisquer mensagens que venham a ser localizadas no material apreendido será preservado, pois faz parte de diálogos privados, obtidos por meio ilegal".
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