11 junho 2019

ESTRATÉGIA DE GUERRA: Facções do NE usam matança e atentados para manter redutos e desafiar PCC


As facções criminosas nordestinas atuam sem grande organização, caixa ou capilaridade. Como estratégia na guerra pelo controle do crime organizado em comunidades e presídios da região passaram, então, a adotar a violência extrema. Nos últimos anos, estados como Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe viram suas taxas de assassinatos dispararem, ao mesmo tempo em que grupos locais passaram a atuar contra o que funcionava como um monopólio do PCC (Primeiro Comando da Capital). A tática é usar terrorismo e mortes sangrentas como estratégia na disputa pelas áreas. Segundo o mais recente Atlas da Violência, com dados de 2017, Rio Grande do Norte (com taxa de 62,8 assassinatos para 100 mil habitantes), Ceará (taxa de 60,2) e Sergipe (57,4) ocuparam três das quatro primeiras colocações no ranking de taxa de assassinatos do país. Entre 2012 e 2017, os três estados tiveram alta nas taxas de mortes violentas de 80,4%, 34,9% e 37,8%, respectivamente. Todos tiveram taxas de homicídio mais graves do que o país mais violento do mundo: Honduras, que figura com 55,5 homicídios por 100 mil habitantes.
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