13 janeiro 2019

FILIPINAS: Capoeira do Brasil é arma para tirar jovens do crime


No final do ano passado, o adolescente estava na Austrália, cantando em português e ensinando uma arte brasileira: a capoeira. Teddy participa da seção filipina do Projeto Bantu, que usa o jogo de raízes africanas para discutir valores e controlar a violência em algumas das regiões mais carentes do país asiático. A ideia foi posta em prática há seis anos pelo psicólogo filipino Jaime Benedicto, 32. Apaixonado pela capoeira desde os 18, ele fala um português fluente, que aprendeu sozinho. É nesse idioma também que seus alunos entoam as canções de capoeira, os chamados corridos. As letras, diz Jaime, servem como tema para reflexão. A canção que inicia as aulas, por exemplo -"Ô, sim, sim, sim / Ô, não, não, não / Hoje tem, amanhã não"-, serve para valorizar o que se tem no momento: pais, família, comunidade, oportunidades. Mais que por palavras ou sermões, porém, a capoeira surte efeito pela própria prática. "O jogo ensina a ficar mais atento, ter consciência das consequências dos nossos atos. Se você colocar seu pé aqui sem pensar, seu parceiro vai te derrubar", diz ele.
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