24 novembro 2018

MORALIZADOR: Novela sobre ministro da Educação mostra que Bolsonaro virou refém do próprio personagem


Jair Bolsonaro foi eleito prometendo combater “tudo isso que está aí”. Na campanha, anunciou que montaria um ministério sem indicação política, sem ideologia e sem investigados.  Garantiu que enxugaria a máquina pública e privatizaria o que pudesse. Com um discurso moralizador, anticorrupção e antipolítica, ganhou apoio dos setores mais conservadores da sociedade. Em rede nacional, mostrava indignação contra o chamado kit gay, que jamais foi distribuído nas escolas e, para delírio da bancada evangélica e dos arautos do Escola sem Partido, vociferou contra uma suposta sexualização precoce e estimulada entre estudantes. Uma vez eleito, percebeu que não consegue governar sem fazer…política. Até aqui, privilegiou nomes do DEM com três ministérios (Agricultura, Casa Civil e Saúde), o que desagrada seu próprio partido, o PSL. Os três somam episódios, digamos, controversos na vida pública – suspeitas, em outras palavras. Mas ele garante que as escolhas, referendadas pelas respectivas bancadas temáticas, não são nem ideológica nem políticas. O ex-capitão percebeu, por fim, que, como presidente, terá de pisar em ovos com a sua base de apoio mais aguerrida. O que significa comprar brigas até mesmo quando acerta.
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