PROPOSTA: Lançamento de carta pregando democracia divide campanha de Bolsonaro

Escrita sobre um texto-base produzido pelo general da reserva Augusto Heleno, uma carta pregando um governo que vá “além das diferenças” divide a campanha do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. Na carta, Bolsonaro faria mea culpa sobre as acusações de racismo e homofobia, com juras aos eleitores de respeito à democracia, pregando a unificação nacional e acenando aos campos minoritários, segundo reportagem de Igor Gielow, na Folha de S. Paulo. A divulgação do documento, no entanto, estaria causando um racha no partido. Enquanto alguns bolsonaristas acreditam que a carta atrairia eleitores pelo compromentimento com o estado democrático – nos moldes da “Carta ao Povo Brasileiro”, que o ex-presidente Lula lançou em 2002 com compromissos principalmente ao mercado -, outros creem que o documento daria justamente a conotação de que o militar da reserva seria pouco democrático. A carta, que teria sido escrita há cerca de 10 dias – e passou por diversas modificações -, defenderia inclusive políticas para a sociedade indígena e quilombola, dois dos alvos de Bolsonaro. A decisão de divulgar – ou não – a carta deve ocorrer na próxima semana, quando o presidenciável pretende estar de alta, gravando vídeos para a campanha em sua casa.