O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou
que as provas obtidas no processo contra a chapa presidencial de Dilma Rousseff
(PT) e Michel Temer (PMDB) em 2014 poderão ser utilizadas na investigação sobre
a conduta dos demais partidos políticos do Brasil. A informação foi dada pelo
ministro do TSE ao blog do jornalista Josias de
Souza. Segundo a reportagem, muitas das informações colhidas na ação sobre a
chapa Dilma-Temer não serão aproveitadas no processo, mas deverão ser
utilizadas quando o tribunal for investigar a atuação das 35 agremiações que estão
em atividade no País. Segundo Souza, estão em andamento no tribunal ações
contra pelo menos três partidos: PT, PMDB e PP, que são os principais
envolvidos nas irregularidades apuradas no âmbito da Operação Lava Jato. O ministro teria dito ao jornalista que foi dada prioridade à
investigação contra o PT e o PMDB em razão do ‘timing’ demandado pelas
eleições. Mesmo lamentando não ter conseguido concluir as investigações sobre a
chapa em 2016, Benjamin disse, na entrevista, que pretende dar celeridade ao
processo, para evitar que a ação se torne “algo interminável” e que se desvia
dos objetivos principais. O ministro evitou comentar sobre as delações de
executivos da Odebrecht que disseram ter repassado dinheiro ilícito ao PMDB a
pedido do então candidato a vice-presidente, Michel Temer. O motivo alegado é o fato de os depoimentos ainda não terem sido homologados
pela Justiça.
(IG)