02 novembro 2016

PEDERNEIRAS: TJ revoga prisão de oficial de justiça

O Tribunal de Justiça (TJ) revogou nessa terça-feira (1) a prisão preventiva do oficial de justiça de 46 anos suspeito de agredir a mulher, uma pedagoga de 44 anos, no último dia 23, em Pederneiras. Para o desembargador que analisou recurso da defesa do investigado, o ato da juíza que decretou a prisão não foi “lícito”. O caso passou a ser acompanhado pela Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No dia 26, a juíza Ana Lúcia Schmidt Rizzon decretou a prisão preventiva de Enaldo justificando que “ausência de flagrante não é causa impeditiva da custódia cautelar”, que os indícios de autoria eram claros, que a integridade física da vítima corria risco, que era necessário garantir a ordem pública e que o autor poderia fugir. O advogado Eliel Oioli Pacheco ingressou com habeas corpus no TJ alegando que a prisão do seu cliente era desnecessária e irregular por ter sido decretada quatro dias antes da eleição. Ele justificou, ainda, que o oficial de justiça tinha direito à cela especial por ter curso superior. Nessa terça-feira (1), o TJ concedeu liminar revogando a prisão. “No caso, a prisão preventiva (não decorrente de flagrante) foi decretada sem que houvesse representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público e antes de iniciada a ação penal. Consequentemente, ao magistrado, não era lícito determinar a prisão”, apontou o relator José Raul Gavião de Almeida na decisão. No próximo dia 15, um grupo fará protesto para cobrar o fim da violência contra as mulheres.
(JCnet)
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