Em breve, as farmácias brasileiras
poderão oferecer aos consumidores serviços de vacinação e atendimentos
clínicos, como já ocorre em muitos lugares do mundo. De olho nessa mudança, e apesar
do atraso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para
definir as normas, as grandes redes do setor já se preocupam em aumentar seus
espaços de atendimento ao público. Segundo a colunista Maria Cristina Frias, da
Folha de S. Paulo, no caso da Pague Menos, mais da metade das lojas já têm um
espaço destinado a isso. "Até o fim de 2017, todas as unidades terão
estrutura", diz o fundador da empresa, Deusmar Queirós. A expectativa é de
que as novas regras saiam do papel até o fim deste ano, de acordo com Sérgio
Mena Barreto, presidente-executivo da Associação Brasileira de Redes de
Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Por isso mesmo, têm sido frequentes as
reuniões com os fornecedores, nos últimos meses. A Ascensia, que planeja fazer
monitoramento de glicemia nas lojas, já tem parcerias com farmácias, "que
serão implementadas assim que as regras forem aprovadas", afirma Patricia
Gaillard, gerente-geral da empresa no país. Ainda segundo a colunista,
a prestação de serviços não é proibida por lei, mas, sem uma
regulamentação específica, não há segurança jurídica para a implementação. A
avaliação foi feita pelo sócio da Trench, Rossi e Watanabe, um dos maiores
escritórios de advocacia do Brasil, Henrique Frizzo. Em abril, a Anvisa
prometera resolver a questão, mas postergou o processo após avaliar que seria
preciso fazer uma nova resolução. Algumas redes já oferecem os serviços,
respaldadas por regras locais, como a carioca A Nossa Drogaria.
