Na manhã dessa segunda-feira
(17), um grupo foi até a Câmara de Agudos para protestar contra a criação
de sete cargos de médico dermatologista na cidade. O projeto, de autoria do
Executivo, foi aprovado recentemente pelos vereadores. Ainda nessa segunda,
diante da pressão popular, parlamentar propôs ao prefeito a revogação da lei.
Everton Octaviani (PMDB) explica que a legislação apenas “prevê” as sete novas
vagas. Além das vagas de dermatologista, por meio do projeto de lei nº
142/2016, o prefeito pediu autorização do Legislativo para criar vagas de
auxiliar de berçário, trabalhador braçal feminino e masculino, médico
cardiologista e professor. Para muitas dessas funções, existem aprovados em
concurso público realizado neste ano aguardando convocação. O vereador Luciano
Durães de Vasconcelos (DEM), autor do requerimento que pede a revogação da lei,
alega que, no projeto do Executivo, a informação sobre a quantidade de cargos
não estava clara. “A gente aprovou, como sempre aprova, por se tratar da
área de saúde. Mas a gente sabe que precisa de mais médicos pediatras e
ginecologistas”, diz. Ele conta que só percebeu a falha após a
votação. “Depois, a gente foi adentrar com mais calma e cautela no
projeto, até porque pessoas da cidade se manifestaram em redes sociais,
WhatsApp e e-mail dizendo que os sete cargos, com mais quatro que já existem,
daria 11, e vimos que ficaria em excesso 11 dermatologistas para uma cidade pequena”.
Segundo o parlamentar, se os sete novos especialistas forem convocados, o
município terá gasto extra de quase R$ 1 milhão por ano. “É muito estranho o
prefeito que perdeu as eleições, no fim do mandato, na reta final, no segundo
tempo, mandar dermatologistas para Agudos ainda mais com esse boato de que a
sua esposa seria beneficiada”, declara.
(JCnet)