O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, rebateu nesta
terça-feira (23) no plenário do Conselho Nacional do Ministério Publico, as
informações veiculadas pela revista "Veja" no final de semana sobre
possível vazamento de
informações da delação premiada do ex-presidente da OAS, Léo
Pinheiro, que envolveriam o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
Segundo o procurador-geral, não houve vazamento pelo fato de o anexo citado
pela reportagem jamais ter ingressado em qualquer dependência do MP. "Não
houve nenhum anexo, nenhum fato enviado ao MP que envolvesse esta alta
autoridade", afirmou. Segundo ele trata-se "de um quase estelionato delacional".
"Se você não tem a informação, você vaza o quê? Não sei a quem interessa
essa cortina de fumaça. Posso intuir que tenha o intuito indireto para sugerir
a aceitação pelo MPF de determinada colaboração." Segundo Janot, o que
interessa ao MP é a apuração equilibrada de fatos ilícitos independentemente de
sua pretensa autoria.
(IG)