O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar acaba de aprovar, por
11 votos a favor e 9 contra, o relatório do deputado Marcos Rogério
(DEM-RO) pela cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra
de decoro parlamentar. A decisão desta terça não representa o fim da linha para
Cunha. Sua defesa irá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça, a
principal da Casa, para tentar anular a votação. O argumento é o de que o
Conselho praticou variados atentados processuais durante a tramitação do caso. Além
disso, seus aliados tentarão aprovar no plenário da Câmara uma punição mais
branda, como a suspensão do mandato por três meses. Para isso, aliados contam
com a alteração das regras para cassação dos mandatos. Por iniciativa de
Maranhão, a CCJ deve votar nos próximos dias parecer que, entre outras coisas,
permitirá a presentação de emendas ao relatório aprovado pelo Conselho de Ética
durante a votação no plenário. Aliados ainda tentam convencer Cunha a renunciar
à presidência da Câmara como forma de dar aos deputados argumento para votar a
favor de uma punição mais branda.
(Folhapress)