10 junho 2016

Propina dada à mulher de Cunha foi por itens de luxo

O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, afirmou nesta quinta-feira que "dinheiro público foi convertido em sapatos e em roupas de grife", em referência à lavagem de dinheiro atribuída à Cláudia Cruz, mulher do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cláudia Cruz é ré em ação penal por lavagem de dinheiro e evasão de divisas por decisão do juiz federal Sérgio Moro, que acolheu denúncia criminal da Procuradoria da República. Na denúncia, a Procuradoria sustenta que "mais de US$ 1 milhão" foram lavados por Cláudia, inclusive por meio da aquisição de artigos de luxo no exterior. O dinheiro, afirmam os procuradores, teve origem em propina que Eduardo Cunha teria recebido em uma transação da Petrobras na África. "Essa propina foi recebida pelo Eduardo Cunha em uma conta no exterior e essa propina foi passada para outra conta que era escondida no exterior por Cláudia Cruz. Cláudia Cruz cometeu dois tipos de lavagem de dinheiro com base nesse dinheiro, mais de US$ 1 milhão. Um tipo de lavagem de dinheiro foi pela ocultação no exterior desses mais de US$ 1 milhão que são fruto de propina, propina recebida pelo marido Eduardo Cunha. A outra lavagem de dinheiro foi a conversão desse dinheiro em bens de luxo. Dinheiro público foi convertido em sapatos e roupas de grifes", afirmou.
(Band)
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