Milhares de pessoas se reuniram na Avenida
Paulista, no final da tarde desta sexta-feira (10), em um protesto contra o
presidente interino Michel Temer (PMDB) que se estendeu por quatro quarteirões da
via, localizada na região central de São Paulo. Ao menos outros 24 Estados,
mais o Distrito Federal, também tiveram atos contra o governo e em defesa da
presidente afastada, Dilma Rousseff (PT). O ato foi
convocado pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo sem Medo e reuniu
movimentos e centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e
a União Nacional dos Estudantes (UNE), entre outros. Segundo os organizadores,
entre 70 mil e 100 mil pessoas foram à Paulista – a Polícia Militar ainda não
divulgou sua estimativa de público. No
protesto, manifestantes seguraram faixas pedindo a saída de Michel Temer. Havia
também um varal com fotos tiradas em protestos em São Paulo e um caixão com o
nome do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Um grande caminhão de
som foi atravessado na avenida, ao lado do Masp, onde falaram os líderes dos
movimentos sociais e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula
fez um discurso inflamado do alto do caminhão e foi ovacionado pela multidão.
O petista disse que Temer, na condição de advogado, “sabe que não agiu
corretamente” e que deveria “devolver” a Presidência a Dilma Rousseff. O político também falou sobre a
possibilidade de concorrer às eleições de 2018. "Quanto mais me
provocarem, mais corro risco de ser presidente em 2018", disparou.
(Band)
