O Ministério
Público da Suíça informou
na manhã desta terça-feira (10/05) que poderá devolver ao Brasil o dinheiro do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, bloqueados desde 2015. Mas, para isso, Cunha
terá de ser condenado nos processos que correm no país, com o confisco
definitivo do dinheiro. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal o afastou de suas
funções,
atendendo a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Cunha é
ainda réu em uma ação penal no Supremo, além de responder a uma denúncia e a
três outros inquéritos em investigações relacionadas com a Operação Lava Jato.
Segundo o MP em Berna, o Brasil "solicitou assistência legal para
congelar as contas de Cunha". Apesar de não especificar quando o pedido
foi feito, a procuradoria indica que o pedido realizado por Brasília foi
atendido. "Os ativos foram congelados", afirmou a procuradoria, por
meio de sua assessoria de imprensa. "Agora, os ativos continuam bloqueados
até que haja uma decisão das autoridades brasileiras ou sua liberação por uma
corte brasileira", explicou. "Apenas depois de uma sentença
definitiva de confisco é que os ativos poderão ser enviados ao Brasil",
completou a nota. Mais de US$ 120 milhões em ativos suspeitos encontrados em
contas na Suíça foram já devolvidos.
(Época)