17 maio 2016

Ministro cogita CPMF e é criticada por aliados e dentro do Planalto

Cogitada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, uma volta temporária do imposto sobre movimentação financeira, a CPMF, enfrenta intensa rejeição entre partidos aliados ao governo interino e até mesmo dentro do Palácio do Planalto. O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, um dos assessores mais próximos do presidente Michel Temer (PMDB), disse nesta segunda-feira (16) acreditar que a possível reedição do imposto ‘não deve transitar agora’. “Não é o momento”, avaliou. A fala foi dada em entrevista para a rádio Metrópole, de Salvador (BA). Na entrevista, o ministro afirmou, porém, que essa é uma opinião pessoal, mas disse isso ressaltando sua discordância. “Se for proposto, deixa de ser convicção pessoal e passa a ser posição de governo. Ou eu saio ou vou defender a aprovação”, afirmou. Meirelles defendeu a CPMF em sua primeira entrevista como responsável pelo setor econômico. “Caso seja necessário um tributo, ele será aplicado, mas de modo temporário”, disse. O ministro da Fazenda adiou para esta terça-feira o anúncio de sua equipe, incluindo o novo presidente do Banco Central, e deverá adotar um discurso mais ameno sobre o imposto. No Congresso, a resistência apareceu em dois importantes aliados da gestão peemedebista. No fim de semana, o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), disse que o partido deve votar contra aumento de impostos. Nesta segunda-feira foi a vez de o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), garantir voto da bancada contra a CPMF. “Já disse a [Michel] Temer. É uma questão partidária”, afirmou.
(Band)
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