Os afazeres domésticos ainda são uma tarefa feminina no Brasil e a
participação masculina nestes serviços não evoluiu muito nos últimos anos,
aponta o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). A pesquisa "Mulheres
e trabalho: breve análise do período 2004-2014" mostra que o
percentual de homens que assumem tarefas não remuneradas da casa cresceu de 46%
para 51% em uma década. Já o das mulheres segue inalterado. Em 2014, era de
90%. O tempo gasto com esses afazeres é outro dado importante para retratar a
desigualdade entre os gêneros. Embora a presença das mulheres no mercado
de trabalho tenha aumentado nos 10 anos analisados pela pesquisa, o tempo
gasto com serviços domésticos teve uma pequena redução de 27,1 horas para
25,3 horas semanais. Já em relação aos homens, o número se manteve
inalterado: 10,9 horas semanais, menos da metade da dedicação feminina. A
diferença permanece mesmo quando comparado o tempo empregado pelas mulheres ativas
no mercado de trabalho com o dos homens inativos (sem atividade remunerada).
Enquanto elas trabalham 21,7 horas semanais em casa, eles dedicam 13,7 horas. O
levantamento constatou ainda que a divisão de afazeres
domésticos independe da raça e da classe social. Ao contrário do que
acontece quando são analisados os dados sobre precarização, por exemplo, em que
as mulheres negras e pobres sofrem mais do que as brancas de classe
média.
11 abril 2016
Reginaldo Monteiro
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