09 abril 2016

FRAUDE NA MERENDA PAULISTA: Fernando Capez é citado

A Polícia Civil teve acesso a trocas de mensagens entre os dirigentes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), envolvida no escândalo da merenda. Em uma das conversas, segundo os investigadores,eles falam sobre a propina paga em parcelas que foi combinada durante a campanha de 2014, quando o atual presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez, do PSDB, foi eleito deputado. As conversas aconteceram em 8 de maio de 2015. Os pagamentos teriam acontecido depois da campanha. Capez assumiu a presidência da Assembleia Legislativa em março de 2015. Em delação premiada, o lobista Marcel Júlio também cita a participação do presidente da Assembleia no esquema. Marcel Júlio é apontado pela polícia, pelo Ministério Público, como o principal elo entre a Coaf, funcionários públicos e políticos, segundo o Jornal Nacional. Na delação, o lobista relatou que, em um dos encontros, um ex-assessor do deputado Fernando Capez pediu 2% do valor do contrato e mais R$ 450 mil para a campanha. Segundo Júlio, o ex-assessor do deputado tucano, Jeter Rodrigues Pereira, o convidou para para conversar na Assembleia e disse: "você viu lá a publicação, tudo como combinamos? Agora precisamos falar de valores. Eu quero 2% do contrato e no total nós queremos, tirando os meus 2%, mais R$ 450 mil para ajudar na campanha do deputado Capez". Em uma conversa entre Cássio Chebabi, então presidente da cooperativa, e César Bertolino, que usa o apelido de Marrelo, falam da "propina relacionada ao contrato da Coaf com o estado de São Paulo" e que "aparentemente a Coaf emitiu nota fiscal para justificar a saída de valores da entidade". Segundo a polícia, os dirigentes até brincam com a situação. Marrelo fala: "deputado disse que deputado não paga imposto. É mole.” Cássio responde: "só ganha".
(G1)
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