Durante 10 anos a microrregião de
Bauru não registrou nenhum caso de raiva transmitida pelo morcego hematófago
(que se alimenta de sangue), mas no ano passado, foram registrados dois casos
em Iacanga e mais dois em Arealva. Em ambos os casos, foram bovinos que tiveram
a doença. Na região, em Botucatu e outras cidades das imediações foram
registrados casos de raiva transmitida pelo morcego em equinos e bovinos. A
informação foi confirmada pela médica veterinária Marina Peres Cavalcanti,
coordenadora de Defesa Agropecuária. “Os proprietários perceberam que animais
que apareciam mortos na propriedade tinham sinais de mordedura. Começou a
morrer os bovinos, mas ninguém chamou o veterinário para fazer coleta de
material, para mandar para o laboratório, morriam os animais e eles achavam que
estava normal.” Até o dia que um proprietário chamou um veterinário. “O
profissional da prefeitura achou que as mortes não estavam normais. Suspeitou
de morcego. Coletou material, o encéfalo, o cérebro do animal morto para
comprovar a doença. O veterinário encaminhou para nós e deu positivo para
raiva. Da data da mordida do morcego até a morte do animal leva em torno de
cinco a sete dias.” A raiva é fatal independente de ser equino, bovino ou ser
humano, enfatiza a veterinária. “Nem todo animal que for atacado pelo morcego
desenvolve a raiva. Porque para desenvolver a raiva o animal tem que ser
atacado por um morcego contaminado. Tem morcego dessa mesma espécie que não
estava com raiva, portanto não transmitiu a doença.”
(JCnet)