O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos
Araújo (PSD-BA), entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal
(STF) para tentar evitar que o processo contra o deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) retorne à estaca zero. As discussões acerca da ação que podem
culminar na cassação do mandato de Cunha na Presidência da Casa serão retomadas
nesta terça-feira (16), às 14h30. Após o recesso do Legislativo, o
vice-presidente da Câmara e aliado de Cunha, Waldir Maranhão (PP-MA), acatou um
recurso que fez com que o processo regredisse à fase de discussão. Para José
Carlos Araújo, no entanto, esse recurso não foi apresentado da maneira correta,
portanto a decisão de Maranhão deveria ser invalidada. O presidente do Conselho
de Ética entrou com o mandado de segurança na quarta-feira (10). "Foi uma
decisão em cima de algo que não existe. O deputado [Carlos Marun, do PMDB]
entrou com o recurso, mas se esqueceu do principal, que é a questão de ordem.
Era preciso formular a questão de ordem, com embasamento, para recorrer de uma
decisão do presidente do conselho", explica Araújo. O recurso de Marun foi
apresentado após o Conselho de Ética decidir, por maioria, recusar o pedido de
vista apresentado pelo deputado Genecias Noronha (SD-CE), que queria mais
tempo para analisar o parecer apresentado pelo relator do processo, deputado
Marco Rogério (PDT-RO).
(Último Segundo)